As financeiras ou lojas de departamento não deixam de ganhar dinheiro mesmo, leiam a matéria abaixo e veja os artifícios que eles utilizam para nos deixar presos a eles, é de ficar pasmo a falta de bom senso e como eles querem endividar mais ainda o consumidor.
É um absurdo, cabe a nós analisarmos se realmente a compra será uma boa, ou não.
Matéria extraída do Portal Uai, hoje dia 26 de maio de 2007.
Vale a pena dar entrada nas compras a prazo para reduzir o custo do financiamento? Na lógica do comércio de Belo Horizonte, nem sempre o consumidor tira vantagens dessa opção. Contrariando os manuais de economia, redes de eletroeletrônicos e móveis oferecem planos de financiamento com e sem entrada aplicando a mesma taxa de juros ou até carregam nos encargos do empréstimo, apesar da parcela paga no momento da compra e do número menor de prestações negociadas. O cliente deve rejeitar esses planos e negociar juros menores, ao dar entrada e dimunir o número de pagamentos.Um televisor de 29 polegadas era oferecido ontem no comércio da Rua Curitiba, principal corredor das grandes redes de eletrodomésticos no Centro da capital mineira, por R$ 899 à vista ou por 20 prestações de R$ 64,19, sem entrada. No financiamento, foi embutida taxa de juros de 3,66% ao mês. O consumidor que optasse por pagar R$ 300 no ato da compra e financiar os restantes R$ 599 pagaria nove prestações de R$ 88, com taxa de 5,98% mensais.Condição semelhante valia para a compra a prazo de uma lavadora, oferecida por R$ 1.199 à vista, em 20 pagamentos, sem entrada, de R$ 79,90. Nesse plano, a taxa de juros é de 2,91%. Se o cliente decidisse pagar R$ 250 antecipados e financiar R$ 949, teria uma dívida a ser quitada em oito prestações de R$ 136, com encargos de 3,14% ao mês. A reportagem do Estado de Minas pesquisou quatro exemplos de compra financiada %u2013 além do televisor e da lavadora, os de um fogão e um armário para o quarto %u2013 em que as condições foram semelhantes. Em todos eles, o cliente teria de insistir na negociação de juros menores, se optasse pelos planos com entrada, associados ao número menor de prestações. Foram consultadas lojas das redes Ricardo Eletro, Casas Bahia, Ponto Frio e Danúbio, de mobiliário.As lojas têm como oferecer juros mais baixos nesses planos com entrada e mais curtos, segundo Wanderley Ramalho, diretor-adjunto da Fundação Ipead, vinculada à UFMG. %u201CSó faz sentido dar uma entrada maior e reduzir o número de prestações, se o custo do financiamento diminuir. Quanto menor for o empréstimo e o número de prestações a pagar, mais baixo será o risco que as empresas vão correr ao financiarem o consumidor%u201D, afirma. Outra opção é aplicar o dinheiro por alguns meses na poupança e comprar o bem à vista, alerta Miguel José Ribeiro de Oliveira, conselheiro da Associação Nacional de Executivos de Finanças e Administração (Anefac). %u201CO consumidor que comprar mercadoria no valor de R$ 1 mil, a juros de 6%, em média, no crediário, só vai conseguir pagar a dívida em um ano. Mas, se depositar o dinheiro das prestações na caderneta, em oito meses terá o suficiente para pagar o produto à vista. É muito melhor do que se endividar%u201D, diz.Um grande problema, na avaliação de Oliveira, é que as pessoas não costumam prestar atenção nos juros. Em BH, a pesquisa mais recente do Ipead, feita em abril, mostra que um empréstimo contraído à taxa média mensal de 14% cobrada pelas financeiras independentes alcança R$ 2.212,21, preço de um carro zero quilômetro, dois anos depois de assinado o contrato de financiamento.A dona-de-casa Cecília Maria Costa Mourão rejeita os planos de compra financiada no comércio. %u201CAs pestações compridas iludem. No fim do contrato, pagamos quase três vezes o valor inicial do produto%u201D, diz. Cecília não faz compras a prazo. Prefere poupar as sobras do orçamento todo mês e pagar à vista. Desde semana passada, ela pesquisa preços de um fogão de seis bocas que vai comprar dessa forma.
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