Fernando Henrique não teria sido eleito se fosse ministro do Collor.
Esta afirmação vem do site política para políticos, contando sobre a decisão de Mário Covas de liderar uma oposição ao convite feito por Collor na época e primeiramente aceito por Fernando Henrique Cardoso e Tasso Jereissati.
Abaixo a um pouco mais desta história:
Covas evitou que o PSDB participasse do governo Collor na sua fase aguda
Fernando Henrique e Tasso Jereissati chegaram a ser convidados para o ministério
Em março de 1992, numa reunião extraordinária do PSDB, Mário Covas liderou uma posição contrária ao ingresso do partido no governo Fernando Collor. Na fase aguda de "salvação" de seu governo, Collor reformulara seu ministério com algumas figuras de destaque. Era o que se chamava de ministério da governabilidade. E para ele estavam convidados Fernando Henrique Cardoso e Tasso Jereisssatti, que, segundo se diz, chegaram a aceitar num primeiro momento, embora condicionando a confirmação à uma decisão partidária.
Covas comandou a oposição aos convites e levou a melhor na votação. Naquele ato, o presidente Collor perdia o apoio da bancada do PSDB, decisiva nas circunstâncias, mas em compensação, Fernando Henrique e Jereissati acabaram sendo poupados politicamente para seu futuros projetos. E o PSDB se preservava para o que viria logo a seguir, as eleições de 1994.
Este fato, conhecido em alguns meios políticos, mas sem a valorização devida, mostra a sensibilidade política, coerência e retidão de Mário Covas, um dos responsáveis não só pela criação do PSDB, mas pelo zelo e obediência aos princípios que nortearam a fundação do partido que idealizara, ao lado de um grupo de companheiros. Covas foi um dos mais respeitados políticos da história brasileira, cuja dignidade na vida pública e pessoal tornou-se verdadeira referência.
O episódio envolvendo Collor é apenas um de muitos em que Covas se envolveu mostrando sempre muita fidelidade aos seus princípios. Sua morte, em 2001, depois de um longo período de sofrimento, com melhoras e recaídas, emocionou todo o país, que nele identificava uma das grandes figuras da política brasileira e com contribuições a oferecer. Solidário e firme, convicto de suas idéias, combativo e humanista, a morte de Mário Covas, em 6 de março de 2001, privou o cenário nacional de uma de suas mais importantes figuras nas três últimas décadas.
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