Parece que vivemos em dois países totalmente diferentes....
É um absurdo, sabermos o que acontece em nosso país, e ficarmos inertes, sem uma reação....
Mas também depois de tudo, em um país onde políticos fazem o que fazem e nós pagadores de impostos que somos, aceitamos tudo calados no "conforto" de nossas casas, apenas assumimos uma posição de espanto na hora, mas depois conformamos com tudo, como se nada tivesse acontecido...
Precisamos fazer alguma coisa, e não ficarmos conformados com tudo o que acontece e acharmos q é tudo normal...
Façamos algo, para que nossos filhos não achem "tudo normal"...
O motivo de tal indignação entre outras é esta matéria sobre os grileiros, posseiros pessoas sem escrúpulo que tomam o que é de outro, para o benefício próprio, e ainda utilizam segundo a Funai, indios como escudo, se bem também que quem pagamos para nos proteger não tem prepara nenhum(salvo as exceções)...
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13/03/2008 - 07h12
Funai diz que índios foram usados como escudos durante invasão em Manaus
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KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus
A Funai (Fundação Nacional do Índio) afirmou ontem que índios foram usados como escudo por grileiros e sem-teto durante invasão de um terreno particular anteontem, em Manaus (AM). Das 22 pessoas detidas após confronto com a PM, apenas três eram índias, segundo a fundação. Outras quatro pessoas são mestiças e 15 são brancas.
"Os índios foram usados por motivo escuso colocando a integridade física deles em perigo", afirmou Edgar Fernandes, administrador da Funai, que é também indígena (da etnia baré).
O confronto aconteceu quando os policiais militares iniciaram a retirada de invasores de uma área de 182,5 mil metros quadrados, localizada na rodovia AM-010 (Manaus-Itacoatiara), na zona norte de Manaus. Dois índios da etnia saterê-mauê ficaram feridos, entre eles uma mulher, Valda Ferreira de Souza, 22.
Durante o confronto, ela enfrentou a tropa de choque da Polícia Militar, que usou bombas de gás lacrimogêneo e gás de pimenta. Grávida de quatro meses e com o filho Cairo, de um ano e oito meses, no colo, ela disse que sofreu escoriações pelo corpo ao resistir ao avanço dos policiais ao terreno.
"Fiquei na frente da polícia porque eles queriam tirar a gente de lá e porque estavam enforcando o meu marido. Jogaram ele no chão e bateram nele. Eu fiquei, enfrentei, mas não reagi. Não tenho medo da polícia", disse ela.
Souza disse ontem que entrou no terreno particular há duas semanas. Ela morava em uma aldeia no Andirá, em Barreirinha, no baixo Amazonas. Veio morar em Manaus há dois anos, com dois filhos e o marido, no bairro Santos Dumont, região conhecida como aldeia urbana, na qual vivem mais de 50 famílias indígenas.
A Procuradoria da Funai disse que pedirá uma investigação ao Ministério Público Federal sobre as agressões aos índios. Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil do Amazonas para investigar a participação dos índios na invasão.
Segundo o presidente do Movimento dos Sem-Teto do Norte, Agnaldo Pereira, que se apresenta como índio da etnia cocama, das mil famílias que invadiram o terreno 400 são de índios que vivem em Manaus. "Minha avó era índia. Não estamos usando ninguém. Na cidade todos precisam de moradia, inclusive os índios."
Segundo a PM, indígenas receberam a polícia com pedradas e flechadas e, por isso, houve o confronto.
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